Deputado Fábio Henrique

“Nos dez anos de economia que querem para a Previdência, não existem R$ 2 bilhões para a segurança pública, não tem dinheiro para os professores, mas existem R$ 83 bilhões para atender aos grandes exportadores. O Brasil vai saber, a partir de amanhã, quem efetivamente defende a segurança do Brasil”, com essa frase o deputado federal Fábio Henrique (PDT/SE) encerrou o seu discurso na noite de ontem (8), no plenário da Câmara Federal. 

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

O deputado sergipanos denunciou que, praticamente, todos os destaques apresentados para a Reforma da Previdência foram rejeitados, de quinta para sexta. “Faço questão de falar para os deputados que se intitulam que defendem a segurança pública. O Brasil vai saber, a partir de amanhã, quem defende a segurança pública apenas, como diz em minha terra, no gogó, e quem defende para valer”, disse ele.

“O que os policiais querem, tem um impacto de R$ 2,4 bilhões. Mas, pasmem, às duas horas da manhã, mesmo com voto contrário do relator, a maioria dos deputados da Comissão Especial aprovaram a desoneração para as empresas exportadoras, tirando da Previdência R$ 83 bilhões”, explicou Fábio Henrique.

Fábio Henrique destacou que os policiais federais, os rodoviários federais, os policiais civis, os guardas municipais e outras categorias da segurança pública foram prejudicadas com a votação que ocorreu na Comissão Especial. “Não é verdade o que está sendo dito pela grande mídia: ‘de que os policiais querem uma aposentadoria baixando a idade mínima’. Eles entendem que 55 anos é uma idade justa, porque a aposentadoria é diferenciada em todos os países do mundo para as polícias”, informou.

De acordo com Fábio, há três pontos discutíveis em relação à segurança pública. São eles: a falta de uma transição, já que para o Governo estabeleceu 17% para as Forças Armadas e 100% para as demais categorias; não há integralidade e paridade; e às pensões, já que suas famílias ficarão com apenas metade do salário dos policiais que morrerem.