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Nesta sexta-feira, 19, o ex-governador e senador pela Bahia, Jaques Wagner (PT), teve seus bens declarados indisponíveis pela Justiça.

O senador responde a um processo relacionado à Operação Lava Jato, que apura a doação ilegal de R$ 3,5 milhões, da Odebrecht. O repasse ilegal teria sido intermediado pela cervejaria Petrópolis, para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores, em 2014. 

O juiz Glauco Dainese de Campos, titular da 7ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, decidiu pelo congelamento dos bens do ex-governador. Wagner é investigado pela suposta prática de improbidade administrativa em investigação movida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Valter Campanato / Agência Brasil

Por meio de nota, o senador alegou que é de causar “estranheza o fato de o processo, que estava mantido sob sigilo, tenha sido divulgado antes de ouvir o maior interessado”, sobretudo em uma matéria cuja decisão, segundo Wagner, já havia sido “revista pelo próprio magistrado que, de ofício, determinou o desbloqueio da quase totalidade da quantia em seu nome”.

“Trata-se de matéria requentada, uma vez que processo criminal sobre o tema já foi arquivado e o eleitoral segue em curso. Mesmo assim, determinaram um bloqueio de valores fruto de um processo ajuizado há seis meses sobre supostos fatos de seis anos atrás”, afirma.

“Vivemos tempos estranhos no Brasil, em que processos são mantidos sob sigilo até das partes, mas divulgados para causar confusão na opinião pública”, continua o senador.