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Está arquivado o requerimento do senador Alessandro Vieira pedindo a criação da CPI dos Tribunais Superiores, batizada de CPI Lava Toga.

Para o senador, “a pressão de alguns ministros do STF foi ostensiva”.

Pedro França / Agência Senado

Veja o que informa O Estadão:


Autor do pedido de criação de uma CPI para investigar denúncias envolvendo membros de tribunais superiores, o senador Delegado Alessandro Vieira (PPS-SE) disse ao Estado nesta segunda-feira, 11, que houve pressão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que seus colegas retirassem suas assinaturas e inviabilizassem a comissão.

Nesta segunda, os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Kátia Abreu (PDT-TO) retiraram suas assinaturas. Vieira havia obtido o número mínimo de adesões (27 senadores) na última quinta-feira. Com um total de 25 assinaturas, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), arquivou o pedido para a abertura da CPI da “Lava Toga”

ENTREVISTA COM ALESSANDRO

O senhor considera que o STF é uma caixa-preta?

Alguns setores do STF configuram, sem dúvida, o que se denomina caixa-preta. 

Acha que houve pressão do judiciário pela retirada das assinaturas, com o argumento de que isso poderia abrir uma guerra entre os poderes? 

A pressão de alguns ministros aconteceu e ela foi ostensiva. Vários ministros se manifestaram em off pelo jornal. Houve ameaça de retaliação em relação ao plano econômico, de uma crise institucional.