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Repercute muito, negativamente, o episódio de ontem, 20, envolvendo o governador Belivaldo Chagas (PSD) na Assembleia Legislativa.

Com as galerias lotadas de servidores ativos e inativos, o governador “escancarou”, segundo disse, as contas do Estado em pronunciamento feito para os deputados.

Ao terminar o pronunciamento, foi anunciado que o governador estava saindo, que não responderia ao questionamentos dos parlamentares.

Jadilson Simões / Alese

A pergunta que não quer calar: o governador foi ao Parlamento fazer o quê?

Belivaldo é homem público direito, sério, com boa experiência na Alese como deputado.

Foi líder da oposição.

Certamente, o Belivaldo deputado, líder da oposição, manifestaria indignação contra o Belivaldo governador, que foi para a Alese apenas para falar. Ouvir, não.

Expôs negativamente a Alese, o Judiciário e o Tribunal de Contas quando falou sobre acordo feito para pagamento de aposentados e pensionistas.

“Essa conta não é nossa”, disse o governador algumas vezes.

Esqueceu de dizer que o acordo não foi feito na tora.

Esqueceu de continuar tentando resolver o problema nos bastidores.

Esqueceu uma das regras básicas da política: é preciso conversar e ouvir, sempre.

O Belivaldo deputado que deixava gestores públicos irritados, embora jamais tenha baixado o nível, agora se irrita facilmente.

Veja o que informa Habacuque Villacorte:

Gilmar na bronca

O deputado estadual Gilmar Carvalho (PSC), que mais cobrou a ida do governador para o plenário da Assembleia Legislativa, para expor a realidade financeira, era um dos mais insatisfeitos com a não realização de um debate de Belivaldo com os deputados. “Se soubesse que apenas iria ouvir o governador, eu não teria vindo”.