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O Grupo Abril marcou para o dia 5 de dezembro um leilão para vender a marca Exame. A transação foi autorizada em 1º de novembro pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo.

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O edital especifica que “o objeto da alienação é a UPI Exame, composta por bens, direitos e obrigações diretamente relacionados e necessários ao desenvolvimento das atividades econômicas para exploração da marca Exame”.

Segundo a Folha de S.Paulo, que teve acesso ao plano de recuperação, a venda da marca Exame é uma das primeiras etapas do plano de recuperação judicial da empresa. Em seguida, a empresa ainda deve vender o prédio da Marginal Tietê e outros imóveis na região de Campos de Jordão (SP).

O lance inicial do leilão, que será realizado presencialmente, é de cerca de R$ 72 milhões.

A dívida apresentada no pedido de recuperação é de R$ 1,6 bilhão. Em agosto do ano passado, a Abril anunciou o fechamento de diversas revistas e a demissão de cerca de 600 pessoas. 

De acordo com o balanço de 2017 da Abril, a empresa fechou o ano com prejuízo operacional de R$ 368,3 milhões. O que mais pesou no prejuízo foi o pagamento das indenizações trabalhistas, que custaram R$ 23 milhões, e a baixa do ágio da marca Casa Cor, que custou R$ 45 milhões. O pagamento de dívidas tributárias para entrar no Pert, programa de refinanciamento fiscal do governo federal, levou da Abril R$ 63 milhões.

Processo 1084733-43.2018.8.26.0100